Glauco Mattoso é poeta, ficcionista, chronista e
columnista em diversas midias. Pseudonymo de Pedro José Ferreira da
Silva (paulistano de 1951), o nome artistico trocadilha com
“glaucomatoso” (portador de glaucoma,doença congenita que lhe accarretou
perda progressiva da visão, até acegueira total em 1995), alem de
alludir a Gregorio de Mattos, de quem é herdeiro na satyra politica e na
critica de costumes. Como poeta, GM notabilizou-se por mais de cinco
mil sonnettos (superando o recorde do italiano Giuseppe Belli, auctor de
2279 sonnettos no seculo XIX), muitos dos quaes em cyclos narrativos. O
maior destes compõe o romance lyrico Raymundo Curupyra, o Caypora (2012, pelo sello Tordesilhas); como prosador, seus principaes titulos são os romances Manual do podolatra amador (1986, reeditado em 2006 pela Casa do Psychologo), A planta da donzella (2005, paraphraseando “A patta da gazella” de José de Alencar), alem das collectaneas Contos hediondos (2009) e Tripé do tripudio e outros contos hediondos (2011,
pelo sello Tordesilhas); como estichologo, publicou um “Tractado de
versificação” (pelo sello Annablume) e uma “Historia e theoria do
sonnetto” (parallela à obra de Cruz Filho); como philologo, organizou um
“Diccionario orthographico phonetico/etymologico” para fundamentar sua
predilecção pela norma classica da escripta portugueza. Sua obra
comprehende mais de septenta titulos.