– Por que você não vai comer, minha neta? Disse o pajé apontando os ramos de alecrim na beira do prato.
– Porque fico enjoada, vô, respondeu Ti’mru.
O vô replicou num tom baixo, as conversas eram sempre silenciosas e antigas: – Desse jeito você não vai sonhar, manon.
Ti’mru sentiu a flechada das palavras. Viver na cidade era sempre sentir a ambivalência de tudo, até da refeição. A cidade e sua linguagem pressionando sua cabeça, seu corpo, seu nome, sua língua, seu sexo. Os prédios com tantas salas desocupadas e tantas gentes dormindo do lado de fora no frio. Os restaurantes, como...