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A devoração como método

Foto: isaac Muraya



2020-08-12

Recriar o mundo na escrita, conciso e total como o de uma manga no esplendor da tarde. Um fruto duro que lembra um punho. Ou um coração extraído do peito da mata, pulsante.

 

I.

Há raízes que afundam nas lembranças da infância.
Há bulbos de peônias na floresta da minha escrita.
Há árvores que crescem dentro do silêncio.

 

          Paro, leio, releio, troco uma palavra.
          Levanto os olhos.
          O céu é uma janela total.             
          Talvez valesse a pena parar de escrever.
          E olhar apenas.         

                                     

Penso em podar a linguagem, como na estiagem podamos os galhos das árvores. Olho para o quintal: seco, é o dorso rugoso de um lagarto imenso, pré-histórico,  que dorme. It’s time to find a place to be silent with...

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Prisca Agustoni

Nasceu e cresceu na Suíça. Atualmente vive no Brasil, em Juiz de fora (MG). É professora de literatura italiana e comparada na Universidade Federal de Juiz de Fora. Poeta, narradora, tradutora, autora de literatura infantojuvenil, escreve e se autotraduz em italiano, francês, português e espanhol. Publicou livros na Suíça, em Portugal, na Itália e no Brasil.

 




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