José
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
(....)
Carlos Drummond de Andrade[1]
Sempre fui fascinada pelo poema E agora, José? – mas desde que entramos neste tenebroso “modo pandemia”, o dilema drummondiano não me saiu mais da cabeça. “A festa acabou, o povo sumiu. E agora, José? E agora, você?”
O ano de 2020 será para sempre marcado pelas perdas e por despedidas sem abraços. O ano em que fomos condenados a viver um luto interminável. O ano do projeto...