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À míngua no mangue

Foto: homem Tollund. Museu Nacional da Dinamarca. reprodução



2020-07-12

A falta de oxigênio e o Ph ácido dos últimos meses nos levou a um modo de vida pantanoso, capaz de manter um corpo preservado por milhares de anos, desde que ligeiramente morto, numa transição mangue beat às avessas entre a terra e o mar.

 

Depois de quatro meses de pandemia, confinamento e incertezas as mais variadas em todos os níveis da existência, tenho apenas uma única suspeita. A de que, a esta altura, quem não estiver deprimido, bom sujeito não é. Eu me arrasto de um dia ao outro exausta das notícias do Brasil e também da profusão de lives, videoconferências, sessões mis por vídeo e outros penduricalhos tecnológicos que já abri mão de conhecer. Acompanho de longe, e com verdadeira admiração, o arrebatamento de cursos on line, palestras, debates, entrevistas, tudo crescendo na minha bolha como um bolo no forno, fértil, poderoso, pura...

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Carla Mühlhaus

Jornalista e escritora nascida no Rio de Janeiro. Já foi ghostwriter, mas nunca gostou do termo. Fantasmas não existem e costumam ser invisíveis. Hoje é escritora viva, autora de Nos vemos em Marduk (Patuá) e À sua espera (Dublinense), entre outros. Reside atualmente em Portugal. 




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