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Onde morre o sol

Foto do acervo da autor



2020-05-22

A primeira vez no Miradouro, vinha eu jovem da direção oposta, descendo a Alfama. Era também verão, um dia de sol. O miradouro tinha os azulejos sujos, as plantas a crescer pelos postes e paredes. Lindo. Perfeitamente arruinado, saído das mil e uma noites, almorávida, largado pelo tempo.

 

Domingo almorávida

Num domingo ensolarado triste, parei por acaso no miradouro da igreja de Santa Luzia. Atravessada a Praça do Comércio, a Sé, me dei conta de que há quinze anos não passava ali. A primeira vez no Miradouro, vinha eu jovem da direção oposta, descendo a Alfama. Era também verão, um dia de sol. O miradouro tinha os azulejos sujos, as plantas a crescer pelos postes e paredes. Lindo. Perfeitamente arruinado, saído das mil e uma noites, almorávida, largado pelo tempo. Na época teria sido bom manter uma janela à Rua dos Limoeiros, em frente, e cuidar do miradouro com...

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Mariano Marovatto

Mariano Marovatto nasceu no dia primeiro de abril de 1982, no Rio de Janeiro. Escreveu livros como Estirâncio (7Letras, 2019), Casa (7Letras, 2015) e Vinte e cinco poemas com Chico Alvim (Luna Parque, 2015), e gravou alguns discos, entre eles: Praia (Maravillha 8, 2013) e Selvagem (Embolacha, 2016). Como pesquisador e arquivista literário, foi responsável, entre outros trabalhos, pela organização do acervo do escritor e compositor Cacaso e pela pesquisa de inéditos e estabelecimento de texto da Poética de Ana Cristina Cesar. Recentemente organizou Os Fantasmas Inquilinos, antologia de poemas de Daniel Jonas (Todavia, 2019) e a versão em português de Silêncio de John Cage (Cobogó, no prelo). Doutor em literatura brasileira pela PUC-Rio, Mariano foi também apresentador e roteirista do programa musical Segue o som na TV Brasil entre 2009 e 2016. Toda a sua produção está disponível aqui




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