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Carta a Miguel Real



2020-04-01

Isabel Nery propõe uma análise sobre a liberdade, o direito e, sobretudo, a morte - matéria que conhece a fundo. Ao interpelar Miguel Real sobre temas que lhe são caros, desfia os processos pelos quais tem passado desde que o confinamento se interpôs entre nós. A raiva, o medo, a solidão no modo de ver e sentir o mundo à sua volta.

A missiva faz parte de "Cartas de um outro tempo", projeto que procura captar a sensibilidade de figuras do campo cultural à nova realidade imposta pela pandemia, num mundo vazio visto das nossas janelas. Amanhã, leremos a resposta de Miguel Real. 

 

Querido Miguel,

Como estão? Tenho pensado muito em vocês. Espero que estejam bem - e livres de "C".

Tenho uma amiga que não consegue dizer asneiras, por isso usa só a primeira letra quando está mesmo a precisar de libertar um desabafo. Será que o Corona virá um dia a ser calão, um nome feio para traduzir a nossa zanga? Por enquanto, acho que estamos tão coletivamente deprimidos que nem zanga conseguimos sentir.

Apesar de tudo, espero que estejas a aceitar bem a quarentena. Afinal, um escritor passa largas temporadas em quarentena de escrita. Sem ver ninguém. Sem paciência para os outros. Abrigado...

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Isabel Nery

Jornalista, ensaísta e investigadora em Jornalismo Literário. Estreou-se no género Biografia com o livro Sophia de Mello Breyner Andresen (2019). É autora de várias obras de não-ficção, entre elas o livro de reportagem As Prisioneiras - Mães Atrás das Grades (2012); o ensaio Chorei de Véspera - Ensaio sobre a Morte, por Amor à Vida (2016) e Política e Jornais – Encontros Mediáticos (2004). O seu trabalho foi já distinguido com vários prémios, entre eles o Prémio Mulher Reportagem Maria Lamas, o Prémio Jornalismo pela Tolerância, o Prémio Paridade Mulheres e Homens na Comunicação Social, e o Prémio Jornalismo e Integração, da UNESCO. Fotografada por Marcos Borga.




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