Quatro velhos, escrito pelo maior talento literário a surgir dos blogs, é o seu réquiem: o primeiro livro do autor que não depende, que não se alimenta da blogosfera para nada... Esgotado esse manancial, Biajoni pode, enfim, superar suas origens e descobrir qual é seu próximo passo, a que veio, o que quer dizer. Todos os caminhos estão abertos.
Delicadeza não é o que se espera de Luiz Biajoni, autor de Sexo anal e Buceta, mas é a característica marcante de Quatro velhos (Penalux, 2019), seu novo romance.
Quatro velhos é um réquiem sustentado, acompanhando os últimos anos de vida dos quatro velhos do título. Ao final, estão todos mortos e nós, de livro na mão e lágrimas nos olhos, sensibilizadas. (Spoiler: no final, todas morreremos.)
Caso Biajoni esteja planejando morrer, seria um excelente momento: Quatro velhos daria um perfeito último livro, fecho natural para uma biografia literária. Aos quatro cantos, na FLIP e afins, escritoras comentariam, leitoras cochichariam: “Esse livro... Parece que ele...