Imagem 1565177274.jpg

Dó, masculino

Imagem: dicionário Aurélio



2019-08-05

Quem é que vai dizer, hoje, em língua de rua, que , essa coisa lamentosa e sensível que a gente vive sentindo, é palavra masculina e precisa de concordância de gênero? Quase ninguém. Só minha mãe, que é suficientemente importante para mim, mas que nem sempre obedeci, claro.

 

Só conheço a minha mãe que fala um dó, assim: “Nossa, me deu um dó daquele moço... tão jovem e tão doente”. Só ela. E não bastasse ela dizer no masculino, conforme dicionários e gramáticas ensinam, dona Carmen ainda sai por aí a corrigir os outros. Delicadamente, mas corrige sim. E mais ainda aos filhos, nem sei quantas vezes. Só posso concluir que tenho dó dela. Dona Carmen sofre. E muito. Porque todo mundo que eu conheço fala é uma dó, assim: “Me deu uma dó danada daquela mulher... que vê todo mundo falar errado”.

Bom, espiando um dicionário bom, a...

Continuar lendo

AINDA NÃO TEM PLANO? SELECIONE:

MICROPAGAMENTO

R$ 6.80

ou

€ 1,10

APENAS ESTE ARTIGO

  1. Você pode acessar apenas o artigo que pretender ler. Faça um micropagamento para baixa-lo. É facil.

  2. A compra avulsa de um artigo não dá acesso ao conteúdo integral da revista.


MICROPAGAMENTO

R$ 6.80

ou

€ 1,10

APENAS ESTE ARTIGO

  1. Você pode acessar apenas o artigo que pretender ler. Faça um micropagamento para baixa-lo. É facil.

  2. A compra avulsa de um artigo não dá acesso ao conteúdo integral da revista.


  1. As assinaturas e os micropagamentos são necessários para manter a Revista Pessoa

  2. Precisa de ajuda ou mais informação?
  3. Entre em contato:
  4. revistapessoa@revistapessoa.com


Ana Elisa Ribeiro

É mineira de Belo Horizonte, onde trabalha e reside. É professora e pesquisadora do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, onde atua na área de Linguagem e Tecnologia, em três níveis de ensino. Publicou mais de trinta livros para crianças, adolescentes e adultos, sendo os mais recentes os poemários Álbum (Relicário, 2018) e Dicionário de Imprecisões (Impressões de Minas, 2019). É colunista do Digestivo Cultural e da Revista Pessoa. Fotografada por Sérgio Karam.




Sugestão de Leitura


Bye, Pessoas

  Obrigada. Eu vim aqui me despedir. Talvez eu tenha aprendido, na escola ou com minha mãe, que em despedidas a gente diz tchau, a ...

Um porquê só, e olhe lá

  Se tem uma palavra entojada em português é o porquê. Ao menos aqui por estas bandas, são quatro versõe ...

A gente gosta dÂ’a gente

  Lembro de ler num livro literário, mais de uma vez, não sei mais de quem nem quando, uma composição que me ...
Desenvolvido por:
© Copyright 2023 REVISTAPESSOA.COM