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Crítica e criação poética hoje

Foto: Rafael Zacca. Por Marcele Oliveira



2019-05-10

Sustento essa posição, que a crítica deveria repensar o seu papel e as suas formas de atuação em direção a uma “vulgarização” da poesia. Vulgarização, nesse caso, tem menos a ver com a “facilitação” do que tem sido escrito e mais com a sua incorporação na carne do comum. Não para disciplinar a poesia, torná-la palatável, nada disso; mas sim, para fazer com que ela se torne matéria do discurso comum, digamos, entre a seção de esportes e um anúncio de eletrodomésticos no jornal.

 

Realizada por e-mail há algum tempo, essa entrevista com o crítico e poeta Rafael Zacca  prolonga uma correspondência. Diferente da conversa, a correspondência implica uma certa distância não apenas no espaço, mas sobretudo no tempo – nela se opera um entrecruzamento paciente de leituras. Por isso as cartas conservam uma certa abertura, permitindo a escuta atenta do que na pressa corriqueira as vezes silencia. A troca epistolar mantém, de fato, uma afinidade eletiva com a paciência da verdadeira crítica que não é um juízo imediato sobre o valor estético da obra mas – como queriam os pré-românticos alemães – estudo...

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Patrícia Lavelle

Estreou em poesia com Bye bye Babel (7Letras, 2018, menção honrosa no Prêmio Cidade de Belo Horizonte de 2016, reedição prevista em 2022). Publicou também a plaquete Migalhas metacríticas (7Letras, Megamíni, 2017). Em colaboração com Paulo Henriques Britto, organizou O Nervo do poema. Antologia para Orides Fontela (Relicário, 2018), da qual também participou com poemas inéditos. Publicou inéditos e traduções de poesia em veículos literários como a revista Cult e o jornal Rascunho, entre outros, e tem contribuído com poemas, autotraduções e traduções de poesia brasileira contemporânea para as revistas francesas Po&sie e Place de La Sorbonne. Professora do Departamento de Letras da PUC-Rio, tem livros de ensaios publicados no Brasil e na França, entre os quais sua tese de doutorado em Filosofia, Religion et histoire: sur le concept d’experience chez Walter Benjamin (Cerf, 2008), e recentemente, Walter Benjamin metacrítico: uma poética do pensamento (Relicário/Editora PUC-Rio, 2022). Os três poemas aqui publicados integram o livro de poesia inédito intitulado Sombras longas, ainda sem editora.    




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