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O meu Recife é outro

Foto: Ilha de Deus. Recife



2019-02-25

Um Recife desaparecido por definitivamente irrelevante, para além das pequenas vidas que ali se moviam e que dali desapareceram. Meus amigos e eu éramos pobres mas de um jeito legal. Às vezes nos reuníamos em volta de um bueiro na encruzilhada da rua Pampulha com a rua Itamaracá, para falar sobre coisas que jamais interessariam a mais ninguém; nossas vidas pequenas e sem esperança na escuridão que reinava à nossa volta.

Quando chego num bar, numa reunião de amigos, basta que eu comece a falar e logo alguém que está a me conhecer naquele dia, mas que já reparou meu sotaque, que aos poucos se perde nas águas da fala carioca, pergunta-me: Você é de onde? Mal respondo que sou do Recife e já começam, um e outro, a tecer loas sobre meu sotaque (que ainda resta) e sobre a cidade de onde vim, há mais de vinte anos. Em geral a gentileza das pessoas, sempre bem-vinda, evoca o Recife clássico, de pontes e poesias, como as de um...

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Toinho Castro

Potiguar de Pernambuco e radicado Carioca! Assim define-se Toinho Castro, que nasceu em Natal, no Rio Grande do Norte, cresceu no Recife e migrou para o Rio de Janeiro aos 30 anos. Tudo em meio à uma família de poetas, músicos artistas. Além da poesia, trabalha com design gráfico, fotografia, vídeo e outras mídias; faz filmes (Viagem a Marte, Avenida um, Vai, foguete, entre outros) e publica versos por aí. Organizou e participou da coletânea de poemas Lendário Livro, com Aderaldo Luciano, Braulio Tavares, Nonato Gurgel, Numa Ciro e Otto. Seu trabalho enquanto poeta está ligado à construção da memória como espaço de compartilhamento, em que a poesia media uma troca vivências, percepções e expectativas. 




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