A literatura de Isabela Figueiredo pode ser lida sob o signo da “mácula” – como uma grande imagem, que vai e volta , mas também no estilo que constrói em seus dois livros lançados no Brasil, este ano, pela Todavia.
Em seu romance mais recente, A gorda, a imagem aparece quase como uma declaração de princípios: “Tenho a certeza de que quero viver suja dos piores dias e dos melhores. Com manchas de urina seca nos tornozelos”.
É, no entanto, no livro em que narra suas memórias da infância em Moçambique, onde nasceu, que a oposição pureza-impureza, asseio-sujeira, sobressai. “Não havia forma...