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"Muitas vezes eu teria desejado racionalmente controlar o meu desejo, mas ele picava-me, inquietava-me como uma dor"

Foto: Luciana Araujo Marques



2018-07-17

 

Em conversa com Luciana Araujo Marques, Isabela Figueiredo revê sua obra, esmiúça suas memórias, a tensão dos corpos e desejos e fala da sua paixão  por Clarice Lispector, a quem considera uma profeta.

 

Portuguesa nascida em Moçambique é a Isabela Figueiredo, autora de Caderno de memórias coloniais, e também a Maria Luísa, protagonista de seu romance A gorda. O primeiro livro (Caderno), lançado originalmente em 2009 em Portugal pela editora Angelus Novus, e depois reeditado pela Caminho (2015), estabelece com o leitor um pacto autobiográfico: o nome assinado na capa corresponde ao eu que narra. Nesse caso, a mediação da memória, ainda que flerte com o ficcional, como é praxe lembrar, não abre espaço para a contestação da verdade que carrega enquanto versão. As fotografias ajudam a reforçar os ângulos recortados de um...

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Luciana Araujo Marques

É mestre em Teoria Literária (USP) e doutoranda em Teoria e História Literária (Unicamp). É jornalista e atua no mercado editorial. Está entre os autores selecionados pelo programa Rumos Literatura, do Itaú Cultural, que teve como objetivo apresentar novos nomes da produção crítica brasileira com foco na produção literária contemporânea do Brasil, tendo como resultado a publicação do livro de ensaios "Protocolos Críticos" (2009).




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