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Humor diante da tragédia

Na foto: Simone Az. Divulgação



2018-06-06

 

Meu pai adorava bichos. Já minha mãe mantinha distância de todos, especialmente dos pássaros. Dizia que tinha alergia. Era assim com bichos, era assim com as pessoas. Não conheço ninguém que tenha chegado muito perto da minha mãe. Talvez só a roseira.

 

Uma das coisas mais difíceis num romance é o humor, trabalhar com humor de forma a que ele seja uma constante, trabalhar com humor sem que falte seriedade. Como é difícil ser ao mesmo tempo leve e profundo. Lembro da frase de Paul Valéry “É preciso ser leve como o pássaro e não como a pluma”. Mas Simone Az é uma autora que consegue tudo isso. Porque ler a Simone é não querer mais se afastar, ficamos presos ao texto que nos guia gentilmente por caminhos difíceis e tortuosos. A morte, por exemplo, acompanhamos os mortos que se acumulam na...

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Carola Saavedra

É autora dos romances Toda terça (2007), Flores azuis (2008), Paisagem com dromedário (2010), O inventário das coisas ausentes (2014) e Com armas sonolentas (2018), todos pela Companhia das Letras. Seus livros foram traduzidos para o inglês, francês, espanhol e alemão. Está entre os vinte melhores jovens escritores brasileiros escolhidos pela revista Granta. É doutora em Literatura Comparada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, professora e pesquisadora de Literatura e Estudos Culturais no Instituto Luso-Brasileiro na Universidade de Colônia. Sua pesquisa atual, sobre arte e literatura indígena no Brasil, é parte do projeto “O pensamento das margens: arte e literatura indígena e afro-brasileira”, financiado pela Fundação Thyssen. Acaba de lançar o livro de ensaios O mundo desdobrável: ensaios para depois do fim (Relicário 2021).




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