“E aí, Cauã, como foi o feriado?” pergunta o professor a um aluno do sétimo ano numa escola da zona norte do Rio.
“Terror nenhum, professor, terror nenhum”.
Há algumas expressões usadas por adolescentes nos colégios públicos cariocas que me deixam como suspensa. Uma delas é “terror nenhum”, usada como “tudo bem”.
A palavra “terror” significa “sentimento profundo de medo” ou “método de luta política caracterizado por ataques violentos”, segundo o dicionário da Academia Brasileira de Letras. Mas há uma torção semântica no uso dos moleques.
“Ih, tem prova hoje”, diz Tainá.
“Terror nenhum, estudei legal”, retruca João Victor.
Outra expressão esperta é “sufocar o...