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O risco do bordado

Foto de Earl



2017-06-09

Enredo é interessante, mas sua unidade se mostra um pouco forçada

 

 “Deus é que sabe por inteiro o risco do bordado”, diz o médico Alcebíades enquanto narra seu encontro com Xambá, o valentão que vai aparecer somente na última parte do romance de Autran Dourado. Quanto ao escritor-personagem João, ao terminar o médico sua história, percebe que “ia juntando numa só imagem as figuras nevoentas” de seus parentes que formavam a “Constelação da Dor”.

As duas citações evidenciam o artifício usado pelo escritor para dar unidade à narrativa. Mas é uma unidade por demais factícia, incapaz de justificar o protagonismo de Xambá na última parte do livro.

O risco do bordado (1970) começa bem,...

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Eloésio Paulo

Nasceu em Areado, Minas Gerais. Doutorou-se em Teoria e História Literária pela Unicamp em 2004. Publicou Questões abertas sobre ‘O alienista” (2020), Literatura e ideologia em dois romances dos anos 1970 (2014), Os 10 pecados de Paulo Coelho (2007) e Teatro às escuras (1998), além dos livros de poemas Primeiras palavras do mamute degelado (1990), Cogumelos do mais ou menos (2005), Inferno de bolso etc. (2007), Jornal para eremitas (2012), Homo hereticus (2013), Deuses em desuso (2016), O teu que é mais azul (2019), O amor é um assunto imbecil (2020) e Por que não vou a Sodoma (2022). Foi resenhista de O Estado de São PauloJornal da Tarde e O Globo. Em literatura infantil, publicou Parque de impressões – Anna sofia e a poesia sem querer (2010), O casamento da bruxa com Papai Noel e Poemas em olhês e orelhês (ambos em 2019). No site da revista Pessoa, escreve resenhas de romances dos séculos XIX e XX, que integrarão seu próximo livro, o Pequeno guia do romance brasileiro.




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