Eu preparo a grande paragem
Pego no homem torno-o sabatino
Prego-lhe o bico diante dos primeiros cabelos grisalhos
Dou-lhe dizer
“Tanto ódio por coreografar
Tanto ódio” Gravo
Em sua garganta as mesmas secas
Observações sobre o clima
Que guardam todo o veneno de uma cidade
Corrijo-lhe um peito opresso
Por peito
Reflexo
Agasalho e guarda-chuva
Aperto-lhe um sexo frouxo modelar em sua frouxidão
Modulo o medo para um amarelo de penteador
Cetinoso o suficiente
Para que não dê mais de passear
Pela vizinhança de madrugada
Desenho-lhe em cima cuido de adereçá-lo
Ponho-lhe um broche tiara de caos
Tal como se vê hoje em dia nas revistas
Dou-lhe os derivativos seguros
Os botões de uma nostalgia unânime
A certeza de que o mundo não refluirá
De que as guerras não desbordam das palavras
De que à volta não há troncos empilhados
De que estes tremores não são nada
De que ele próprio não é nada
De que ele próprio não
Ele próprio não mais que um ligeiro tremor sobre a noite
* * *
Quem me tomará abril?
Ouve-se outra coisa pelas obras do outono?
Quem canta comigo a morosa
canção
(e...