Nas lixeiras imundas há crianças que brincam.
Nos destroços de um sismo há crianças que brincam.
Nas ruínas poeirentas de uma guerra há crianças que brincam.
Na mais pobre das favelas há crianças que brincam.
Nos campos de refugiados há crianças que brincam.
Na ala de oncologia pediátrica de um hospital há crianças que brincam.
Numa terra devastada por fogo ou cheias há crianças que brincam.
No mais desolador dos cenários há crianças que brincam.
Somos adultos, e essa calamidade se abate sobre nós como nenhuma outra. De pés firmemente assentes na terra que pisam, cautelosos, perdemos a capacidade de reinventar o mundo. Crescer roubou-nos a sabedoria da...