Volta e meia deixo águas de línguas lusas, me aventuro ao banho em outros mares. Sem grandes estranhamentos, que, na América Latina, para onde se vai, línguas e caras se assemelham. Então, agora, no México uma mesa de brasileiros, argentinos, colombianos. A cerveja, a tequila, o bom humor, a conversa. Alguém fala de idade: “Tenho 65 anos, menos 9, é uma boa conta”, diz Daniel, um argentino. Não entendo o menos 9, aí deve ter uma boa história, penso, e pergunto por quê. “Porque esse foi o tempo em que estive preso.”
Fiquei sem graça, esperava uma troça, uma broma qualquer....