Ladrilhos: o fascínio pela palavra escrita

Ervas ao meio-dia

Nilma Lacerda

Imagem: Biblioteca Camilo Pessanha. Macau

2013-03-07

Para Manuel de Almeida,
agradecendo os votos de Feliz Ano Novo Chinês

Manuel de Almeida. O bibliotecário que encontrei na tarde quente de Macau, no interior da biblioteca Camilo Pessanha, de ar refrigerado e luz filtrada. Havíamos nos correspondido por e-mail, marcado o encontro. A atmosfera do lugar me faz desejar uma pesquisa comprida a ocupar uma rotina de tardes e tardes. Tardes e tardes, ali, entre livros, o bibliotecário solícito, longas e oportunas conversas, atendendo à vocação que de quem lê por paixão e ofício.

Eu só tinha uma tarde. Manuel foi adequado à minha sede,...

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Nilma Lacerda

Nasceu no Rio de Janeiro, onde vive. Autora de Manual de Tapeçaria, Sortes de Villamor, Pena de Ganso, Cartas do São Francisco: Conversas com Rilke à Beira do Rio, Estrela de rabo e mais histórias, Iberê Camargo: um homem valente, é também tradutora e escreve ensaios e artigos científicos. Recebeu vários prêmios por sua obra, dentre os quais o Jabuti, o Prêmio Rio, o Prêmio Brasília de Literatura Infantojuvenil, além das distinções White Ravens, da Biblioteca Internacional de Munich para a Juventude e Lista de Honra do International Books for Young People. Professora aposentada da Universidade Federal Fluminense, mantém na Revista Pessoa a Coluna Ladrilhos, com crônicas de talhe variado, em perspectiva lusófona.