Há uma expressão de uso comum, que atravessa várias das ordens da linguagem, um clichê, certamente remetida a uma natureza religiosa, que trata de alguém ou de algo ou alguma ação que é a de: “pecar pelo excesso”. Ora, de certa forma, todo e qualquer excesso é, por si só, uma forma de pecado, um desvio, guarda em si, um valor de transgressão. Da mesma forma seu avesso, o gesto de “pecar pela falta”, guardar para si, tomar alguma forma mesquinha, econômica, ser avaro nas formas, na maneira de dizer, tratando-se da linguagem. E, no âmbito da própria linguagem, ninguém...