Acredito na arte. Acredito que o Homo sapiens só evoluiu porque, sem nós, o universo era incapaz de satisfazer suas maiores vontades: pintar as paredes, cantar e contar histórias.
Acredito na minha mãe.
Não acredito em Deus. No entanto, acredito no transe da macumba, nas minhas entidades, em Dioniso e em Zé Pelintra.
Acredito na elegância como virtude intelectual. Deixar viver. Saber acolher pontos de vista variados e, inclusive, opostos. Desprezar sempre que possível todos os sinais de poder. Todo poder é cafona.
Acredito na ternura como subproduto da elegância. A ternura calma, como o ronco de um velho sábio na rede de dormir,...